sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Ação Parada ?

Será exagero afirmar que é o dinheiro que a tudo comanda neste mundo? Educação, Cultura, Moradia, Transporte, Previdência Social...?

E sim, vivemos em uma Sociedade de Classes. Estamos em Guerra de Classes.

A publicidade esmagou nossos cérebros. Que Pós-Moderno! Que Paradoxo! A vida posta de lado em detrimento de cifras, cifrões, jaulas, petróleo em aros de óculos, copos "descartáveis"... e tudo que deifica e atesta a exploração do homem pelo homem.

Na Contramão, o Coletivo Pseudônimo, questiona com a Proposta a seguir, a lógica da relação que o próprio comércio cria. Para tudo falta tempo, pois, quando não se está no trabalho, se está à espera de ônibus para ir, ou, para do mesmo voltar - lembram do Latim; TRIPALIUM ?

Numa parada de ônibus, muito abonitada e com uma mercadoria divinizada pela vitrine, decidimos fazer o inverso...
Fazer deste templo de espera e raiva e cansaço, um espaço de
Antipublicidade. Mercadoria? Para quê?! Apenas Fruição? Não.

Fotos expostas na estrutura da parada para livre participação - a Proposta só termina quando nenhuma foto ficar exposta. Quando todas forem levadas por quem quer que seja de maneira aleatória.


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O Coletivo Pseudônimo agradece aos Participantes da Ação-Proposta.

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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Intervenção em obra pública no Lago Jacarey.

O que fazer numa sexta à noite? Pode ser uma pergunta bem freqüente na vida de muita gente...  E em meio a este questionamento, o Coletivo Pseudônimo realizou sua primeira proposta no Lago Jacarey.

Com a proposta de ocupação passageira dos tapumes que cercavam a obra. Desvirtuando-a assim de seu papel de apartar, distanciar e até segregar.  A parte externa dos tapumes serviu como suporte e ofertou a possibilidade de interação entre as pessoas que transitavam pela praça – pessoas de várias idades, credos e trajetos -, fazendo assim do tapume um processo coletivo, e dentro disso, um ambiente aberto ao diálogo e o entrelaçamento de pessoas que até então não se falariam na praça em questão. Além de desfazer a ideia de espectador criando um espaço – mesmo que efêmero – de protagonismo do sujeito.

Pequenos bilhetes foram distribuídos anunciando uma “exposição relâmpago nos tapumes”, enquanto fotos eram fixadas nos mesmos. Primeiro contato visual dos transeuntes com a ação. Depois disso, a interação acontece de forma espontânea; perguntas como “o que vai acontecer”, “o que é isso?” começam a surgir. Com todas as fotos fixadas, diz-se que àquela ação é uma exposição onde a interação do público é bem vinda e necessária para que se concretize. E que ao final do processo, qualquer pessoa pode escolher a foto que gostar e levar para casa gratuitamente.

Em seguida, um convite foi pintado “Faça aqui o seu desenho”, e um recipiente foi parafusado no tapume contendo giz, livre para o uso; desenhar, escrever, levar para casa... Além de tinta e pinceis que foram utilizados coletivamente.

O término da ação deu-se quando nenhuma foto restava e não sobrava mais nenhum giz ou tinta.


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O Coletivo Pseudônimo agradece aos Participantes da ação-proposta.

Definições

Coletivo (collectivo), adj. Que compreende muitas coisas ou pessoas; pertence a muitos; (Gram.) que no singular designa multidão (substantivo); (Sociol.) que manifesta a natureza de um grupo como grupo, ou pertence a uma classe, a um povo, a um grupo social, enquanto forma um todo, (Sociol.) (V. Consciência); (Estat.) (V. Fenômeno); (jur.) (V. Pessoa). “


Pseudônimo (pseudonymo), s. m. Nome falso ou suposto; adj. que assina suas obras com um nome que não lhe pertence; diz-se da obra escrita ou publicada sob um nome suposto.”


FERREIRA, Aurelio Buarque de Hollanda. Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. 13. ed. Rio de Janeiro: Skorpios, 1980.